segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Meu fim...


A historia que contarei, aconteceram alguns anos, nunca esquecerei aqueles dias de pura agonia...
Era uma época que tudo estava dando tudo certo para mim, tinha um namorado lindo e carinhoso, aquele perfil que não se encontra mais hoje em dia, só que ele escondia algo de mim eu podia sentir que por trás daquele rosto ingênuo algo acontecia com ele...
Ele era uma das mais calmas que conhecia, era um amor. Um dia eu pedi para ele se abrir comigo, contar seus medos, só que naquele momento fiquei com um medo enorme quando vi olhando para mim com um sorriso diabólico. Só que não me disse nada, fiquei pensando o que havia de errado com ele, porque ele era perfeito, mas aquele sorriso não fazia parte de seu ser, noutro dia ele me confessou que tinha matado uma pessoa, mas eu não acreditei porque ele era perfeito, seus olhos eram ingênuos, pareciam de uma criança, não demonstrei nenhum tipo de sentimento pela noticia, mas por dentro estava com medo, estava pensando se fosse verdade tudo que ele havia me contado...
Varias pessoas começaram a aparecer mortas perto do bairro onde morava, os policia não conseguia descobrir nenhuma pista do assassino, ele era frio e não tinha uma ordem em suas vitimas. Os policiais diziam que o assassino era alguém com o psicológico muito afetado. Fiquei com medo, mas continuei seguindo minha vida, diziam para não continuar andando sozinha pelas ruas, mas tinha que continuar seguindo a minha vida...
Quando um dia estava chovendo, a chuva estava caindo pesadamente e não tinha ninguém na rua, o ar estava sinistro, eu era a única pessoa andando pelas ruas... Quando entrei em um beco apareceu na minha frente uma pessoa com roupas pretas e uma mascara branca, á mascara era melancólico, ele bateu com algum objeto na minha cabeça. Quando acordei estava em um cômodo vazio, estava amarrada, ele me torturava, mas não só fisicamente e também psicologicamente, meu corpo não sofria como minha mente sofria. Eu vi alguns amigos, familiares morrendo na minha frente...
Até que um dia pedi para ver o rosto da pessoa que estava acabando com minha vida... Ele pegou uma faca e disse “Essa é para você Mariana” e cortou a garganta da minha irmã, eu fiquei em choque, não conseguia me mover, a única coisa que se movia era as lagrimas que escorriam da minha face, porque eu havia reconhecido a voz. O Assassino tirou a marcara e mostrou sua verdadeira face, minha voz não saia, meu corpo todo tremia... Meu namorado, a pessoa que me prometeu nunca me fazer sofrer, ele era o assassino, ele estava simplesmente acabando com a minha vida...
Mesmo sabendo quem era o assassino ele continuou me mantendo presa, já não sabia o que fazer, ele não me explicava nada que estava acontecendo, não sabia os motivos de tudo aquilo... Perguntei o que eu havia feito pra ele ter feito tudo àquilo comigo, então ele me disse que jamais foi amado por ninguém e que eu tinha sido a primeira pessoa que se importou com ele, mas tudo aquilo mexeu com seu modo de pensar e ele não conseguiu controlar seus sentimentos... Ele não sabia o que estava acontecendo, estava tão confuso... Como ultima tentativa me declarei pra ele, e pedi para me deixar em paz...
Ele me soltou, pediu desculpas por ter destruído a minha vida, ele estava chorando, como tentativa de acalmar tudo eu o abracei e lhe dei um beijo na testa, disse que tudo ia ficar bem, que apesar de tudo eu não estava odiando ele, e que jamais iria culpar ele por alguma coisa. Minha cabeça estava uma bagunça, não conseguia pensar direito, então ele me beijou, disse que eu teria que ficar um tempo internada, para esquecer o trauma... Ele me abraçou e logo se afastou de mim... Pegou sua faca e cometeu suicídio...
Era a única forma de se perdoar, por tudo que estava acontecendo... Fiquei mais de ano internada, quando sai me mudei de cidade, comecei uma vida nova... Em noites de chuva intensa posso sentir sua presença perto de mim... Minhas feridas estão fechadas, mas quando bate saudade, sinto que elas sangram um pouco... Como eu queria ter sido útil naquela época...

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