Maria não estava se sentindo bem, ela foi então ao banheiro, mas sentiu uma tontura e então sentou naquele chão frio encostou-se à banheira de pés em formato de patas de gatos, seu coração batia muito rápido, mal conseguia controlar sua respiração, sua visão estava ficando turva... Ela colocou a mão no rosto e chorou, sentiu que sua alma estava saindo do seu corpo e com um pouco de esperança que havia em si, ela fez sua ultima oração, uma oração que não fazia desde pequena, quando sua mãe sentava na cama com ela e ficavam rezando para os anjos...
Maria venha dormir já é hora de rezar para seu anjo da guarda, dizia sempre sua mãe, aquela menina pequena vinha correndo e pulava na cama ficava de joelhos colocava a mão no coração e dizia...
“Meu Anjo da Guarda me proteja de todo o mal que me cerca, proteja família e amigos, proteja os conhecidos e anônimos, me dê um ria radiante como esse de hoje, obrigado por tudo, e se quando chegar minha hora que você venha buscar minha alma.”
Ela rezou essa oração ate chegar a adolescência, depois achou que anjos não existia, mas mesmo dizendo isso ela guardava uma estatueta de um anjo no seu guarda-roupa. Sua vida mudou totalmente, ela se metia em encrencas, todo o mês o cabelo estava de uma cor, estava com o corpo cheio de piercing e tatuagens, fumava cigarros caros, sua mãe ficou depressiva ao ver a filha daquele jeito e depois que seu marido morreu, ela cometeu suicídio. Maria ficou abalada, não acreditava na cena que via, sua mãe pendurada pelo pescoço, em sua mão estava um pedaço de papel com a palavra DESCULPA, Maria correu daquela casa, mudou seu estilo, mas os vícios não. Foi morar com uma amiga que depois de alguns meses apresentou um rapaz a ela.
Fred era um cara legal, trabalhava e também tinha alguns vícios, depois de semanas trocando conversas, encontros, rolou o primeiro beijo, Maria sentiu felicidade depois de um bom tempo de escuridão, sua amiga também estava feliz, Maria estava trabalhando e ajudou a amiga a reformar a casa, ela reformou o banheiro, pisos de pedra polida toda branca, uma banheira grande de pés em formato de patas de gato, as paredes de uma tonalidade clara que deixava o lugar charmoso e luxuoso...
A casa ficou perfeita, então Maria saiu para trabalhar, era um dia frio, chovia muito, parecia que os anjos choravam porque o clima era de tristeza em todo lugar que ela passava... Antes de voltar para casa ela passou em um supermercado e comprou veneno para ratos, ela não queria ratos em sua mansão... Chegando a casa viu que o carro da amiga estava na garagem e se animou, abriu a porta e não a viu, ao invés de gritar por ela, foi de cômodo em cômodo a procura da amiga, com as sacolas ainda nas mãos, ela entrou no quarto da amiga e vê, Fred com sua melhor amiga, Maria se desespera, sem pensar em nada come o veneno e sai chorando, os dois ficaram desesperados, mas não podiam fazer nada.
Maria trancou a porta do banheiro e não estava se sentindo bem, sentiu uma tontura e então sentou naquele chão frio encostou-se à banheira de pés em formato de patas de gatos, seu coração batia muito rápido, mal conseguia controlar sua respiração, sua visão estava ficando turva... Ela colocou a mão no rosto e chorou, sentiu que sua alma estava saindo do seu corpo e com um pouco de esperança que havia em si, ela fez sua ultima oração, uma oração que não fazia desde pequena, quando sua mãe sentava na cama com ela e ficavam rezando para os anjos... Quase sem forças ela disse...
“Meu Anjo da Guarda me proteja de todo o mal que me cerca, proteja família e amigos, proteja os conhecidos e anônimos, me dê um ria radiante como esse de hoje, obrigado por tudo, e se quando chegar minha hora que você venha buscar minha alma.”
Uma luz forte iluminou aquele lugar frio, Maria ergueu os olhos e viu uma figura que a fez chorar, mas ainda, era uma mulher, cabelos loiros e longos, vestia um vestido azul claro, suas asas estavam recolhidas por causa do espaço do banheiro, mas dava para ver que eram brancas como a neve e eram enormes. Aquele anjo se aproximou de Maria se abaixou sorriu para Maria e disse através de telepatia.
- Você nunca deixou de acreditar em mim não é mesmo, ainda tem aquela estatueta, e você orava em seus sonhos. Quero saber de você quer ir embora ou deseja ficar neste mundo?
Maria chorava demais, até que seu choro foi diminuindo, ela pegou nas mãos do anjo e sorriu, seu coração foi parando, sua respiração sessou, então aquele Anjo levou a alma de Maria até o Salvador para ela se redimir de seus pecados pessoalmente. Quando abriram a porta do banheiro Marida estava morta, com uma feição de paz no rosto e a estatueta nas mãos...
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