terça-feira, 5 de outubro de 2010

Os Mortos

“Quando quiser fazer uma brincadeira de mau gosto, pense antes na consequência que poderá pagar por não deixar os mortos desancarem...”

No cemitério de uma cidade pequena, era o ponto de encontro de um grupo de roqueiros, que eram amigos desde pequeno, no grupo havia grande variedade de estilos, mas eles não deixavam o preconceito mexer com a amizade deles. Katharina era uma linda garota, seus cabelos negros como a noite chama atenção ela seguia o estilo gótico. Maik já gostava mais do estilo punk, ele usava um moicano verde, eles eram tão amigos que às vezes um chama o outro de irmão.
Eles se encontravam no cemitério sempre era para beber e jogar conversa fora, Maik sempre gostava de sentar nos túmulos, mas Katharina ficava brava dizendo que era falta de educação, que um dia algum espírito iria querer se vingar por não conseguir descansar. Maik sempre soltava uma gargalhada dizendo que não tinha medo...
Certa o grupinho de amigos estava maior, havia sete pessoas para beber, quando Maik pulou o muro ele quase caiu em uma cova que estava aberta, Maik andava por cima dos túmulos e roubava as oferendas deixadas por famílias orientais, quando havia doces nos túmulos de crianças ele simplesmente pegava e devorava todos os doces.
Katharina ficava brava chamando a atenção dele, mas era em vão, quando Maik estava bêbado ele resolveu superar suas maldade e escolher o tumulo mais bonito, quando ele encontrou, ele urinou em cima e depois quebrou uma parte do tumulo, quando Katharina viu o que ele estava fazendo ela disse - Você fica profanando o lugar, um dia eles virão atrás de você, ela virou as costas e foi embora. Os outros companheiros que teve a obrigação de levar Maik embora. No dia seguinte Katharina não apareceu para ver seu amigo...
Então Maik resolveu chamar seus outros amigos, mas todos recusaram então Maik resolveu ir sozinho. O cemitério estava vazio, estava um silencio absoluto, enquanto Maik andava, ele ouve soluços, depois passou para um sussurro, depois veio o choro, Maik foi verificar o que era então continuou caminhando, quando ele avistou uma pessoa chorando debruçada em um tumulo, ele pensou em não ir, mas seu corpo não obedeceu, ele continuou caminhando, uma jovem moça estava chorando desesperadamente em cima de um tumulo Maik com medo resolveu perguntar a moça porque ela estava chorando, ela olha para Maik. A face da moça estava tão pálida, seus olhos era de um azul tão claro que parecia branco, - Alguém destruiu esse tumulo o que devo fazer? Onde irei descansar agora? Ouvindo isso Maik estremeceu, ele lembrou que era ele que havia jeito aquilo. A moça se levantou e andou em sua direção, Maik saiu correndo, mas tropeçou em algo, quando ele olha era uma mão que estava segurando o seu pé, sem pensar Maik chuta a mão, se levanta e continua correndo, ele consegue pular o muro e só para de correr quando chega a sua casa.
Maik entra em seu quarto e lá esta Katharina, ela estava de cabeça baixa, ele se aproximou de Katharina e olhou para ela, ela corresponde o olhar e diz – Você acredita em mim agora? Eu sei de tudo que aconteceu no cemitério... Maik, sem nada a dizer, sentou-se no chão e abaixou à cabeça, Katharina abraçou o amigo e disse que faria o possível para que nada acontecesse com ele.  Katharina se despediu do seu amigo e foi para casa, Maik resolveu dormir, mas durante a noite teve pesadelos horríveis, onde ele estava sendo perseguido e morto, ele acordou com o corpo todo suado, quando ele olha para porta do seu quarto, havia uma silhueta que começou a se movimentar, Maik ficou com tanto medo que acendeu a luz, mas não havia nada no quarto... Esse fenômeno aconteceu durante uma semana inteira, às vezes ele podia ouvir soluços, e uma voz chamando pelo seu nome. Certa noite enquanto Maik rolava pela cama, tentando dormir algo acontece, ele ouve um barulho que o acorda, a silhueta estava na porta como de costume, mas dessa vez apareceu outra perto da janela do quarto, e outra no pé da cama, todos chamavam por Maik e mãos aparecerem de baixo da cama que o puxou para de baixo da cama, mas Maik conseguiu se livrar das mãos e quando acendeu a luz, percebeu que seu corpo estava coberto de sangue, Maik não conseguia pensar, nem se mexer, então ele se lembrou de Katharina e ligou para ela...
Katharina é acordada no meio da noite pelo barulho do seu celular, quando ela atende escuta a voz de Maik, voz dele estava totalmente diferente, estava cheia de medo e estava pedindo socorro. Katharina pede calma para seu amigo, mas Maik pede para ela ir rapidamente ate a casa dele, Katharina percebe que seu amigo esta correndo um perigo imenso. Ela se troca rapidamente e sai correndo de casa, enquanto ela corria, Maik estava sentado no chão tremendo de medo. De repente algo começa a sair de baixo da cama, outra coisa começou a sair do armário, outra coisa estava saindo da parede, onde Maik estava encostado. Mãos apareceram e seguram Maik, levantou ele ate quase encostar-se ao teto, uma moça entra através da porta, ela soluçava, mas logo passou para risos, ela olhou para Maik e perguntou – Você ira perturbar mais alguém? Maik logo respondeu que não a moça soltou uma gargalhada e completou – Mais é claro que não vai, porque você não passara de hoje...
Katharina estava sem fôlego, parou rapidamente para se acalmar, quando sentiu um aperto no coração, eles eram amigos desde pequenos e Katharina sempre gostou de Maik, mas nunca teve coragem de dizer o que sentia... Enquanto Katharina estava correndo contra o tempo, a moça estava fazendo a festa com o corpo de Maik... Quando Katharina chegou ao quarto de Maik ela entrou rapidamente, mas já era tarde demais, Katharina não conseguiu chorar, só ficou sentada olhando para o corpo pregado na parede, havia cortes fundos por todo o corpo e também havia uma frase escrita com sangue, onde diziam “Enfim poderei voltar a descansar, que isso sirva de lição...” Katharina ficou o dia inteiro olhando para Maik e depois decidiu ligar para policia. Ela saiu da casa e foi ao cemitério, então caminhou calmamente ate o tumulo quebrado, com algumas ferramentas e massa pode arrumar o que estava quebrado e antes de ir embora ela disse – Você estava certa, mas não deveria ter tirado a vida do meu amigo e amor, minha irmã...

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